quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nei Lopes & Samba - Ouvido Absoluto

Estréia da coluna (na verdade, meia página... mas ainda chamamos de "coluna", herança do tempo em que 'colunistas' como Nelson Rodrigues, Perseu Abramo e até mesmo Paulo Francis publicavam, de fato, suas matérias em uma coluna. De jornal, não arquitetônica) no Caderno 2 do Estadão, que no sábado é C2+Música -- nas páginas internas, C2+m.

Boa matéria: Não me venha com batuques na cozinha

Pontos de vista originais e divertidos, dos quais se pode discordar, felizmente. Articulista que escreve o que o leitor pensa é inútil...

Nei Lopes diz que "música tem de envolver principalmente ritmo" (eu estendo o conceito à poesia) e protesta contra a expressão "cozinha" para designar a percussão.

Talvez os muito jovens não saibam que Batuque na Cozinha é o título de uma canção composta por João Machado Guedes, o João da Bahiana, descendente de escravos, que nela dizia que "Batuque na cozinha/ Sinhá não qué". Ou talvez saibam, sim, porque Martinho da Vila gravou a música, mais recentemente. Provavelmente foi dela que se originou a expressão "cozinha", nos meios nusicais. O pessoal da batucada. (ou será que se chama também 'kitchen' nos EUA? Duvido, mas vou pesquisar.)


DISCUTINDO A REDAÇÃO:
"o pagode dos fundos de quintal cariocas" (no meio da segunda coluna da matéria). Não pode ser, né? Talvez "o pagode carioca de fundo de quintal" ou "o pagode do fundo dos quintais cariocas". Sei lá. Mas assim é que não pode ficar!
duvido que o autor ache que a frase está certa. Foi um cochilo, pois o artigo é magnificamente escrito, exatamente do que se precisa na crítica musical.

Ah, por falar em pagode: descobri a origem da palavra "pagode", quando associada a samba! Depois eu conto! Descoberta inédita!


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