caderno Vida, título da matéria:
Invasão da reitoria acaba com pagamento de salário, diz Sintusp
Interpretei como: Com a invasão da reitoria, o pagamento do salário acaba.
Li a matéria: é o oposto. O q se pretendeu dizer foi: Se o salário for pago, a invasão acaba.
Quem decide o que é certo? Quando todo o mundo comete o mesmo erro, beija o mesmo sapo, ele vira príncipe?
quinta-feira, 10 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Coincidências: Poesia no Minhocão
Dia desses escrevi um poema sobre um casal vivendo ao lado do Minhocão. Tava, claro, naqueles hieróglifos que são a minha caligrafia ao escrever poemas. (pra outras coisas, minha letra é até bonitinha.)
hoje de manhã, ao acordar, resolvi "passar a limpo" (nunca escrevo poesia direto no computador). Levo dias e/ou meses até ter ânimo de "passar a limpo". Às vezes, anos.
Bom.. mas esse, hoje de manhã resolvi digitar e arquivar. O título seria algo como "Morar junto ao Minhocão"
Aí... desci, peguei o jornal -- e caramba!, na primeira pg do Caderno 2, o título do artigo principal era: "Há poesia no Elevado?"
quase caí dos tornozelos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIrQjQWcSLsekyQ_BL7DRVtMdoRRnAFNU0NImuS3cmr_6oj4pu87-8iJZkrMuM2LPW7bw_fwcdkV88b752SEN1x9HkflJE9mgLvgIZ5iZxr5MCb25-Ia4IOgXJYEG7MRxim_bDriRFCg-3/s320/Minhoc%C3%A3o.jpg)
(pra quem não mora em SP: Elevado=Minhocão)
P.S.: Não moro perto do Minhocão... e nem moro em prédio.
MORAR JUNTO AO MINHOCÃO
E se as pessoas trancadas nos carros soubessem
que a cinco metros do aço dos seus paralamas
um casal se desmancha sobre a cama?
O ruído das freadas nos embala,
o anda-e-para ritmado hipnotiza,
e as pessoas fechadas,
de rádio ligado,
nem imaginam o que há por trás desta cortina:
você brinca de exibir-me na janela,
mas ninguém vê nada por trás dela.
Você me abre mais para a platéia,
e a cortina rendada nos protege.
Sua língua passeia e serpenteia,
mas nem mesmo o vizinho saberia
se esse ruído são os meus gemidos
ou o som das embreagens,
se meu grito
ou o guincho de uma súbita freada.
Através da renda entrebaerta
o poliéster recorta a luz do dia,
mas a penumbra do quarto nos guarda
dos olhares. Somos invisíveis.
Persianas de alumínio repercutem
em uníssono o trânsito parado
e motoristas no ar-condicionado
pensam no dia à frente, no trabalho.
Você me beija enquanto eles planejam.
E se os carros se movimentassem
de repente no seu ritmo, em balé,
frente-ré, frente-ré, frente-ré
e quando você no fundo para e explode
provocássemos um desastre enorme,
um engavetamento universal,
todos os carros colidindo e coisa e tal?
hoje de manhã, ao acordar, resolvi "passar a limpo" (nunca escrevo poesia direto no computador). Levo dias e/ou meses até ter ânimo de "passar a limpo". Às vezes, anos.
Bom.. mas esse, hoje de manhã resolvi digitar e arquivar. O título seria algo como "Morar junto ao Minhocão"
Aí... desci, peguei o jornal -- e caramba!, na primeira pg do Caderno 2, o título do artigo principal era: "Há poesia no Elevado?"
quase caí dos tornozelos.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIrQjQWcSLsekyQ_BL7DRVtMdoRRnAFNU0NImuS3cmr_6oj4pu87-8iJZkrMuM2LPW7bw_fwcdkV88b752SEN1x9HkflJE9mgLvgIZ5iZxr5MCb25-Ia4IOgXJYEG7MRxim_bDriRFCg-3/s320/Minhoc%C3%A3o.jpg)
(pra quem não mora em SP: Elevado=Minhocão)
P.S.: Não moro perto do Minhocão... e nem moro em prédio.
MORAR JUNTO AO MINHOCÃO
E se as pessoas trancadas nos carros soubessem
que a cinco metros do aço dos seus paralamas
um casal se desmancha sobre a cama?
O ruído das freadas nos embala,
o anda-e-para ritmado hipnotiza,
e as pessoas fechadas,
de rádio ligado,
nem imaginam o que há por trás desta cortina:
você brinca de exibir-me na janela,
mas ninguém vê nada por trás dela.
Você me abre mais para a platéia,
e a cortina rendada nos protege.
Sua língua passeia e serpenteia,
mas nem mesmo o vizinho saberia
se esse ruído são os meus gemidos
ou o som das embreagens,
se meu grito
ou o guincho de uma súbita freada.
Através da renda entrebaerta
o poliéster recorta a luz do dia,
mas a penumbra do quarto nos guarda
dos olhares. Somos invisíveis.
Persianas de alumínio repercutem
em uníssono o trânsito parado
e motoristas no ar-condicionado
pensam no dia à frente, no trabalho.
Você me beija enquanto eles planejam.
E se os carros se movimentassem
de repente no seu ritmo, em balé,
frente-ré, frente-ré, frente-ré
e quando você no fundo para e explode
provocássemos um desastre enorme,
um engavetamento universal,
todos os carros colidindo e coisa e tal?
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